Avaliação do uso de medicamentos para emagrecer no sul do Brasil

O tratamento medicamentoso da obesidade deve ser realizado com prescrição médica e sob cuidados, para que o uso destes fármacos não seja paliativo gerando efeitos adversos. Assim, o presente trabalho visa avaliar o uso de medicamentos para emagrecer na cidade de Campo Mourão e região. Adultos responderam um questionário do Google formulários sobre o uso de medicamentos visando o emagrecimento e variáveis relacionadas ao uso destes. Os dados foram analisados por meio do teste de qui-quadrado e cálculo da razão de prevalência utilizando a calculadora epidemiológica Open Epi. Foram considerados os valores de p inferior a 0,05. Dos 162 participantes, a maioria (96; 59,2%) afirmou já ter administrado algum medicamento para emagrecer, sendo o mais consumido a Sibutramina. Entre os entrevistados, (48; 50,0%), relataram ter apresentado efeitos adversos, sendo os mais citados: tontura, boca seca, insônia, taquicardia, vômito, ansiedade, entre outros. A prática de atividade física e a fonte prescritora foram correlacionadas à presença de efeitos adversos e foi evidenciada correlação significativa (p<0,05), no qual a atividade física foi identificada como um fator de proteção para evitar o surgimento dos efeitos adversos aos medicamentos. Os resultados apresentados da pesquisa, mostram os riscos causados pelo uso demasiado de medicamentos emagrecedores, e a facilidade na aquisição, provoca um aumento de efeitos adversos. Desta forma, expor os riscos, pode contribuir com a conscientização da população para que se procure um profissional médico para avaliar a necessidade do uso de tais medicamentos objetivando a redução de peso com saúde e qualidade de vida.