O impacto da terapia nutricional enteral precoce e tardia na evolução clínica de pacientes graves internados em UTI

O desenvolvimento do hipermetabolismo é uma alteração comum aos pacientes críticos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o qual favorece o processo de desnutrição, principalmente aos que estão submetidos a ventilação mecânica (VM). Objetivos: Associar a terapia nutricional enteral instituída precocemente ou não com a tolerância a dieta e desfecho clínico de pacientes internados em UTI. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizou-se triagem diária nos pacientes admitidos em UTI, classificando-se o risco nutricional. A coleta dos dados foi apresentada na forma de tabelas e gráficos através da média, frequência e desvio padrão, por meio da utilização do software Excel. Resultado: O estudo foi realizado por um período de 45 dias, no qual foram avaliados 12 pacientes que faziam uso de ventilação mecânica, havendo prevalência de idosos, do sexo feminino, com doenças respiratórias, eutróficos conforme o estado nutricional, porém todos em risco nutricional. A TNE (Terapia nutricional enteral) foi iniciada de forma precoce em mais da metade dos pacientes avaliados, porém não foi possível atingir a adequação calórica-proteica da maioria dos pacientes devido à instabilidade hemodinâmica e alta taxa de óbitos. Não foi possível observar associação entre a terapia nutricional enteral precoce com um desfecho favorável dos pacientes em terapia intensiva, pois, a taxa de óbito dos pacientes selecionados e que tiveram início de forma precoce foi alta.