Prevalência de interações medicamentosas em pacientes polimedicados

Apesar dos medicamentos serem utilizados para melhora da qualidade de vida e aumento da sobrevida, há uma elevada incidência de problemas de saúde ocasionados pelo uso de medicamentos, dentre eles, interações medicamentosas, automedicação e intoxicações. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo0 analisar as interações medicamentosas e relacioná-las com os sintomas e desconfortos experimentados por pacientes submetidos à polifarmácia. Para isso, foi aplicado um questionário aos pacientes usuários da Farmácia Escola de Campo Mourão, sendo observados todos os medicamentos utilizados e as possíveis interações medicamentosas, verificando a correlação entre os efeitos dos fármacos e os desconfortos do paciente. O questionário foi aplicado em 30 pacientes, sendo em sua maioria idosos, com hipertensão e diabetes como as comorbidades mais comuns. Todos os pacientes apresentaram pelo menos uma interação medicamentosa, onde foram identificadas 563 interações, sendo 25 de alto risco. Além disso, alguns pacientes relataram desconfortos ao usar os medicamentos, porém não foi possível estabelecer uma correlação direta entre esses desconfortos e interações. O estudo também revelou a presença de duplicações terapêuticas, em sua maioria de agentes cardiovasculares e anti-hipertensivos. Sendo assim, embora a polifarmácia apresente riscos, as interações medicamentosas e duplicações terapêuticas nem sempre são adversas, podendo ser planejadas para a melhoria do tratamento, sendo necessário uma avaliação cuidadosa e individualizada para garantir a segurança e eficácia do tratamento.