Antecedentes obstétricos e sua influência imunológica ao nascer: uma revisão integrativa de literatura

O sistema imunológico é de suma importância para a vida humana. Para compreender melhor a imunidade e seu desenvolvimento, este trabalho tem o objetivo apresentar os antecedentes obstétricos que interferem na imunidade do recém-nascido, visando ampliar a possibilidade de ofertar saúde integral tanto à gestante quanto ao recém-nascido. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, para definir a questão norteadora foi utilizada a metodologia PICO, após foi utilizada as bases de dados MEDLINE, LILACS, SCIELO e PUBMED, levantando 413 artigos, aplicando critérios de inclusão e exclusão pré definidos, resultando em 12 artigos. Levantou-se que os neonatos e crianças são uma parcela populacional em que o sistema imunológico se apresenta imaturo e inexperiente frente a patógenos. Vários fatores influenciam na imunidade que o ser humano nasce, sendo uma parte significativa durante a fase intrauterina. O sistema imunológico se divide em imunidade inata, que se apresenta rápida, mas limitada, e imunidade adquirida que se dá através de reconhecimento e memorização de patógenos que o sistema tem contato. A primeira parte do sistema imunológico que o novo individuo em desenvolvimento adquire se dá por volta da quarta semana gestacional, onde na vesícula vitelínica do embrião se encontram células linfoides e mieloides, é por volta de doze semanas gestacionais e as células de defesa migram para o fígado, onde depois migram para baço, o timo e a medula óssea. Os hábitos de vida da gestante afetam grandemente a gestação, pois é na ligação placentária, em que diversas células são absorvidas no líquido amniótico. Conclui-se que durante a fase gestacional, ocorre o desenvolvimento do sistema imunológico, desde as primeiras semanas gestacionais, resultando em melhora ou piora da resposta imunológica após o nascimento.